."Pois logo a mim, tão cheia de garras e sonhos, coubera arrancar de seu coração a flecha farpada.
De chofre explicava-se para que eu nascera com mão dura, e para que eu nascera sem nojo da dor.
Para que te servem essas unhas longas?
Para te arranhar de morte e para arrancar os teus espinhos mortais, responde o lobo do homem.
Para que te serve essa cruel boca de fome?
Para te morder e para soprar a fim de que eu não te doa demais, meu amor, já que tenho que te doer, eu sou o lobo inevitável pois a vida me foi dada.
Para que te servem essas mãos que ardem e prendem?
Para ficarmos de mãos dadas, pois preciso tanto, tanto, tanto - uivaram os lobos e olharam intimidados as próprias garras antes de se aconchegarem um no outro para amar e dormir. "
(Trecho do conto 'Os desastres de Sofia', in "Felicidade Clandestina)
sexta-feira, 31 de julho de 2009
segunda-feira, 27 de julho de 2009
...
se eu deixei a porta aberta, e ele não veio fecho a porta, cadeado, fechadura não há tempo pra esperança tão futura
não há graça na pupila que não leio
se eu deixei a porta aberta no passado
hoje fecho a porta e ponho sentinela
há um guarda em cada canto,
bem armado e grades fortes protegendo as janelas
se eu deixei a porta aberta, cada dia esperando a volta dele, simplesmente não há mais o que esperar, se é noite fria porque eu deixei aberta a porta da frente sentei eu, a esperar, e a alegria até que o coração ficou frio e dormente...
não há graça na pupila que não leio
se eu deixei a porta aberta no passado
hoje fecho a porta e ponho sentinela
há um guarda em cada canto,
bem armado e grades fortes protegendo as janelas
se eu deixei a porta aberta, cada dia esperando a volta dele, simplesmente não há mais o que esperar, se é noite fria porque eu deixei aberta a porta da frente sentei eu, a esperar, e a alegria até que o coração ficou frio e dormente...
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