sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

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..deixa eu ser poesia te contar coisas sem nexo que só se juntam em peças que meu coração sabe..deixa eu queimar o lápis no papel enquanto a alma queima a pele....e rascunhar sua pele distante com a ponta desses dedos trêmulos e indecentes..e dançar no escuro silencioso que grita canções absurdas falando de dias que saltam saudade.. aos olhos brilhantes que agora não vêem o movimento ansioso de seu rosto já rubro pela vontade igual..deixa eu ser poesia e cansar de não ser entendida..é que sinto, e isso aguça mais o paladar que a compreensão seca e tola da mente tão fincada em barras de cimento e silíciodeixa eu fazer versos de saliva, de risos e agonias tão puras que assustam o lençol sobre as flores de nossa juventude..deixa eu sangrar poesia enquanto bebo sonhos meus, tão censurados quanto doces, tão ardentes quanto suaves..e se cansar de meus versos, durma em mim...

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